Uma
pesquisa que pode levar a novos tratamentos para prevenir o alzheimer
em pessoas com propensão genética a ter a doença está começando na
Colômbia.
A
droga será testada em pessoas sem sintomas da doença mas que, por
razões genéticas, estão destinadas a desenvolver demência a partir dos
45 anos.
A
fase inicial do estudo vai incluir 300 de 5.000 membros de uma família
de Medellín e vilarejos próximos à cidade colombiana. Acredita-se que o
grupo tenha mais membros com alzheimer do que qualquer outra família do
mundo.
O
ensaio clínico de US$ 100 milhões vai levar cinco anos, mas resultados
preliminares a partir do segundo ano do estudo já poderão dizer se as
drogas estão ajudando a retardar o declínio na memória e as mudanças no
cérebro dos portadores do gene da doença, segundo Eric Reiman,
diretor-executivo do Instituto de Alzheimer Banner, em Phoenix, e líder
da pesquisa.
Alguns americanos com genes do alzheimer também serão incluídos, como parte do plano nacional dos EUA para combater a demência.
Outro teste deverá estudar os efeitos do remédio em pessoas com risco de alzheimer "convencional".
A
droga, o crenezumabe, ataca as placas amiloides no cérebro, formações
ligadas aos problemas cerebrais da doença. Se o remédio for eficaz, será
possível prevenir ou atrasar os danos da doença.
O
teste poderia ser considerado controverso por ocorrer em um país em
desenvolvimento, entre pessoas com baixa renda e um histórico de
superstições sobre a doença, conhecida como "la bobera".
"A
primeira coisa que fiz foi me perguntar se estávamos tirando proveito
dessas pessoas. A resposta foi não", afirma Richard Scheller, da empresa
Genentech. Se nada fosse feito, diz ele, essas pessoas ficariam
doentes.
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